Saiba por que o esmalte em gel está no centro de uma polêmica sobre segurança e saúde — e conheça alternativas mais seguras que estão conquistando espaço na beleza consciente.
A praticidade e o brilho impecável do esmalte em gel conquistaram as consumidoras que buscam unhas duradouras e sempre perfeitas.
Mas, recentemente, a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir o uso de determinadas substâncias reacendeu um debate importante: até que ponto a beleza pode comprometer a saúde?
Por que o esmalte em gel entrou em debate
Em 2025, a Anvisa proibiu o uso de duas substâncias químicas utilizadas em esmaltes e géis endurecidos com luz ultravioleta (UV): o TPO [óxido de difenil (2,4,6-trimetilbenzol) fosfina] e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), também conhecido como dimetiltolilamina (DMTA).
Esses compostos já haviam sido banidos pela União Europeia após estudos em animais indicarem alterações na fertilidade associadas ao TPO e possível desenvolvimento de câncer relacionado ao DMPT.
Embora não haja evidências diretas de que causem os mesmos efeitos em humanos, os resultados foram considerados suficientes para motivar a proibição e reforçar a busca por alternativas mais seguras.

CARE lança a primeira linha completa de lápis com fórmula clean beauty
A CARE apresenta a primeira linha completa de lápis com fórmula clean beauty, desenvolvida com ingredientes seguros, veganos e de alta performance para realçar a beleza com consciência.

Gloss clean beauty: o brilho natural que une beleza, propósito e consciência
Descubra o gloss clean beauty que entrega brilho natural, hidratação e propósito. Uma fórmula segura, vegana e consciente para realçar sua beleza com leveza e responsabilidade.
O que dizem os dermatologistas
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) reforça que ainda não há comprovação de danos diretos à pele humana, mas recomenda precaução e substituição das substâncias proibidas.
A dermatologista Dra. Rosana Lazzarini, membro da SBD, explica:
“Os estudos foram realizados em cobaias e, até o momento, não há evidências de que essas substâncias causem alterações diretamente na pele humana. Ainda assim, os resultados justificam a substituição por compostos mais seguros.”
Ela alerta, ainda, que o maior risco recai sobre as profissionais que aplicam esses produtos com frequência.
“Essas profissionais manipulam as substâncias várias vezes ao dia, durante anos. Isso aumenta o risco de desenvolver doença ocupacional relacionada à exposição química.”
A dermatologista Paula Sian também chama atenção para os danos físicos causados pelo processo de aplicação e remoção:
“A preparação da unha envolve o desgaste da superfície, o que a torna mais frágil, quebradiça e suscetível a descamações.”
Além disso, ela destaca que a exposição à radiação ultravioleta usada na secagem — semelhante à empregada em câmaras de bronzeamento — pode aumentar o risco de câncer de pele e provocar envelhecimento precoce das mãos.
“A estética e a praticidade não devem se sobrepor à saúde. É essencial compreender que produtos como o esmalte em gel, embora ofereçam resultados duradouros, envolvem riscos reais que precisam ser considerados.”
Riscos além da química
Mesmo com a retirada das substâncias proibidas, o uso frequente de esmaltes e unhas em gel ainda oferece riscos.
Entre os problemas mais comuns estão fragilidade, deformidades, descamação, infecções bacterianas ou fúngicas e até traumas na matriz ungueal.
A SBD orienta que qualquer sinal de vermelhidão, coceira, sensibilidade ou mudança na textura da unha deve motivar a busca por um dermatologista.
Cuidados essenciais antes da esmaltação
Para reduzir os riscos à saúde, a SBD recomenda:
- Verificar se os produtos utilizados estão regularizados pela Anvisa;
- Evitar o uso contínuo de unhas em gel ou similares;
- Fazer pausas entre uma esmaltação e outra;
- Buscar profissionais qualificados e ambientes bem ventilados;
- Profissionais devem utilizar equipamentos de proteção individual (EPIs) e evitar contato direto com as substâncias químicas.
A diferença entre esmaltes tradicionais e clean beauty
O conceito de clean beauty vem transformando a forma como escolhemos cosméticos — inclusive os esmaltes.
Enquanto os produtos tradicionais priorizam durabilidade e cor intensa, as fórmulas clean buscam ingredientes mais seguros, origem responsável e transparência na composição.
A tabela abaixo mostra as principais diferenças entre os dois tipos:
| Ingrediente / Tipo de Ingrediente | Esmalte Tradicional | Esmalte Clean Beauty |
|---|---|---|
| Solventes petroquímicos (ex: Butyl Acetate, Ethyl Acetate) | Muito comuns, usados para dissolver pigmentos e formar o filme. | Presentes em menor concentração ou substituídos por solventes de origem vegetal. |
| Resinas sintéticas (ex: Tosylamide/Epoxy Resin) | Garantem brilho e fixação, mas podem causar alergias. | Substituídas por resinas menos agressivas ou alternativas naturais. |
| Pigmentos sintéticos (ex: CI 15850, CI 19140) | Amplamente utilizados, inclusive derivados de petróleo. | Priorizam pigmentos minerais e de origem natural. |
| “X-free” (livre de substâncias tóxicas) | Poucas restrições; muitas fórmulas contêm formaldeído, tolueno e DBP. | Linhas “5-free”, “10-free” ou “16-free”, livres de solventes e plastificantes nocivos. |
| Ingredientes de tratamento | Foco em cor e durabilidade, sem ativos de cuidado. | Contêm óleos vegetais, extratos e vitaminas para fortalecimento das unhas. |
| Ética e transparência | Menor ênfase em rótulos “vegan” e “cruelty-free”. | Comunicação clara sobre origem, sustentabilidade e testes não realizados em animais. |
| Impacto ambiental | Embalagens convencionais e pouco foco em sustentabilidade. | Uso de materiais reciclados e práticas de produção mais responsáveis. |
Marcas brasileiras que seguem o conceito clean beauty
O movimento clean beauty já tem representantes de peso no Brasil, que combinam desempenho, estética e responsabilidade ambiental:
- Risqué Bio – Fórmula 16-free, vegana e cruelty-free, com óleo de melaleuca e extrato de couve kale.
- Maria Pomposa – Linha vegana e 15-free, sem tolueno, DBP, cânfora, formaldeído e outras substâncias agressivas.
- Twoone Onetwo – Esmaltes naturais e veganos, até 14-free, sem parabenos, silicones ou derivados de petróleo.
Essas marcas mostram que é possível manter o brilho e a durabilidade sem abrir mão da segurança e da sustentabilidade.
Por que escolher esmaltes clean beauty?
Optar por um esmalte clean beauty é mais do que uma escolha estética — é um gesto de autocuidado consciente. Ele reduz o risco de alergias, preserva a saúde das unhas e minimiza o impacto ambiental.
Como resume Carla Azevedo, “a beleza limpa não significa abrir mão da vaidade, mas sim repensar a forma como nos cuidamos, com mais informação e responsabilidade.”
FAQ – Esmaltes Clean Beauty
1. Esmalte clean beauty tem a mesma durabilidade de um tradicional?
Sim. As tecnologias atuais já permitem fórmulas limpas com excelente fixação e brilho, comparáveis às convencionais.
2. Todo esmalte vegano é clean beauty?
Não necessariamente. Um produto pode ser vegano (sem ingredientes de origem animal) e ainda conter compostos sintéticos nocivos. O clean beauty considera também a segurança e a toxicidade da fórmula.
3. Como identificar um esmalte clean beauty?
Verifique no rótulo menções como “5-free”, “7-free” ou “14-free” — elas indicam o número de substâncias potencialmente nocivas que foram removidas da composição.
4. Esmaltes clean beauty são hipoalergênicos?
Sim, a maioria é formulada para minimizar riscos de alergia, justamente por evitar substâncias conhecidas por causar irritações.
5. Esmaltes clean beauty são mais caros?
Em geral, sim, mas o valor reflete o uso de matérias-primas mais seguras, processos sustentáveis e menor impacto ambiental.
Para falar com nossa equipe, entre em contato pelo nosso formulário ou pelo @simplicitycleanbeauty.



Uma resposta