O uso de cosméticos na gravidez e na amamentação levanta muitas dúvidas, especialmente porque o corpo da mulher passa por transformações físicas, hormonais e emocionais intensas durante a gestação e o aleitamento.
Nesse período de maior sensibilidade física e hormonal, é comum que gestantes e lactantes tenham dúvidas sobre a segurança de cosméticos e produtos de higiene pessoal.
Substâncias como parabenos, ftalatos, retinoides e formaldeído — frequentemente presentes em maquiagens, cremes e shampoos — podem atravessar a barreira placentária ou ser transferidas ao bebê pelo leite materno.
E isso levanta preocupações quanto ao seu uso.
Portanto, é essencial avaliar as fórmulas com atenção e seguir as orientações médicas quanto ao uso de produtos de skincare na gravidez e durante a amamentação.
Uso de cosméticos na gravidez: o que estudos revelam sobre os riscos para o bebê
Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por transformações físicas, hormonais e emocionais intensas.
Ao mesmo tempo, o feto encontra-se em uma fase extremamente sensível do seu desenvolvimento, com órgãos ainda em formação e um sistema imunológico imaturo.
Isso o torna especialmente vulnerável à exposição a agentes químicos — inclusive aos presentes em cosméticos de uso cotidiano.
Diversas pesquisas alertam que certos ingredientes usados em produtos de beleza e higiene pessoal são absorvidos pela pele, entram na corrente sanguínea da mãe e podem alcançar o bebê.
A placenta — órgão que conecta mãe e filho durante a gestação — tem a função de transportar nutrientes, oxigênio, hormônios e anticorpos.
No entanto, também pode permitir a passagem de substâncias indesejadas, como metais pesados, conservantes agressivos e solventes orgânicos.
Dentre os ingredientes que merecem atenção especial durante a gestação estão os ftalatos, parabenos, retinoides, hidroquinona, formaldeído e derivados de chumbo.
A recomendação de especialistas e autoridades em saúde — como o CDC, a FDA e a própria Anvisa — é que gestantes e lactantes evitem produtos que contenham essas substâncias, por precaução.
Essa atenção aos ingredientes se conecta diretamente com os princípios do movimento clean beauty.
Esse movimento prioriza fórmulas limpas, seguras e livres de compostos potencialmente nocivos, como fragrâncias sintéticas intensas, corantes artificiais e derivados de petróleo.
Alternativas naturais e veganas
Dentro desse cenário, os cosméticos naturais e veganos surgem como alternativas interessantes.
Geralmente formulados com ingredientes de origem vegetal e menos aditivos químicos, eles tendem a ter melhor compatibilidade com a pele e um risco menor de causar reações alérgicas ou irritações.
Ingredientes como óleo de amêndoas doces, manteiga de karité, camomila e babosa (aloe vera) são frequentemente bem tolerados e amplamente utilizados em fórmulas voltadas ao público gestante.
No entanto, é importante reforçar: nem todo produto natural ou vegano é automaticamente seguro para as gestantes.
Alguns óleos essenciais, por exemplo, podem provocar efeitos adversos durante a gravidez.
Por isso, a leitura cuidadosa dos rótulos e o acompanhamento com profissionais de saúde ou dermatologistas continuam sendo fundamentais.
Autocuidado com responsabilidade
Repensar os cosméticos não significa abrir mão do autocuidado.
Pelo contrário: manter uma rotina de beleza adaptada à nova fase pode ser uma poderosa fonte de autoestima e bem-estar — durante a gestação e também no pós-parto.
O importante é fazer escolhas conscientes, responsáveis e alinhadas com a ciência.
Afinal, cuidar de si também é uma forma de cuidar do bebê.
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Cosméticos químicos e amamentação
Durante a amamentação, as mamas se transformam em verdadeiras fábricas de leite, com um sistema complexo e altamente ativo.
Cada uma delas contém cerca de 25 lobos mamários, que abrigam pequenos alvéolos — estruturas responsáveis por produzir e armazenar o leite.
Esses alvéolos são cercados por células mioepiteliais, que ajudam a empurrar o leite para os ductos mamários, por onde ele será liberado até o bebê.
Entre esses lobos, há também tecido adiposo (gordura), vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos, que dão suporte e sustentação à mama.
Todo esse conjunto funciona de maneira integrada para nutrir o bebê — e, por isso mesmo, merece atenção especial quanto ao uso de cosméticos durante esse período.
Como o leite é produzido a partir de substâncias presentes no sangue materno, o que a mãe consome — ou aplica na pele — pode, em alguns casos, atingir o bebê.
Embora a maior parte dos cosméticos tópicos seja absorvida em níveis baixos, certos ingredientes com alta taxa de penetração podem entrar na corrente sanguínea e, potencialmente, chegar ao leite materno.

“É importante ressaltar que a placenta é muito mais permeável do que o tecido das mamas. Entretanto, ainda assim uma pequena parte das substâncias passa para o leite materno. Algumas não são absorvidas pelo sistema digestivo do bebê, mas há medicamentos cuja absorção e efeitos não foram estudados e outros que são comprovadamente prejudiciais”
Embora a maioria dos estudos se concentre nos medicamentos, há também preocupação crescente com compostos químicos presentes em cosméticos.
Em especial, aqueles com potencial toxicológico, ação hormonal ou efeito acumulativo.
Por isso, recomenda-se cautela e acompanhamento profissional na escolha dos produtos usados durante a amamentação.
Cosméticos clean beauty são seguros para grávidas?
A tendência clean beauty tem ganhado força por prometer fórmulas mais “limpas”, com menos ingredientes agressivos e mais transparência na composição.
O consumo dessa linha de produtos tem transformado o mercado de beleza, que deve atingir US$19,37 bilhões em vendas no mundo até o fim de 2025.
Mas, nem todo cosmético limpo é automaticamente seguro para gestantes.
Clean beauty não tem uma definição regulatória única, mas costuma indicar produtos com:
- Ingredientes considerados seguros para a saúde humana;
- Ausência (ou redução) de substâncias controversas como parabenos, sulfatos, ftalatos, fragrâncias artificiais, silicones e derivados de petróleo;
- Fórmulas transparentes e sem testes em animais (cruelty-free);
- Ingredientes de origem natural ou de menor impacto ambiental (não necessariamente orgânicos).
Uso de cosméticos clean beauty durante a gestação e amamentação
Durante a gravidez e a amamentação, o uso de cosméticos mais suaves e com menos aditivos químicos é geralmente recomendado por obstetras e dermatologistas.
Isso se deve principalmente porque o corpo da mulher:
- Absorve mais facilmente algumas substâncias devido a alterações hormonais e vasculares;
- Está com o sistema imunológico e endócrino mais sensíveis;
- Passa por maior permeabilidade da pele e maior risco de efeitos cumulativos de substâncias químicas.
Portanto, cosméticos com fórmulas clean reduzem o risco de exposição a agentes potencialmente tóxicos ou hormonais.
Para a médica dermatologista Vanessa Ottoboni, especialista em dermatologia natural e integral, esse movimento tem base científica.

“Os produtos naturais são biocompatíveis, ou seja, têm estrutura semelhante à da nossa pele, o que aumenta sua eficácia e diminui também o risco de reações adversas, como alergias em adultos e crianças”
Vanessa é defensora do conceito de clean beauty, que prioriza ativos puros naturais e veganos, de alta performance e livres de substâncias químicas nocivas.
“Eles são altamente eficazes, inclusive em tratamentos como acne, manchas e rejuvenescimento, e ainda são ideais para peles sensíveis ou impactadas pelo estresse da rotina moderna.”
Vanessa Ottoboni – dermatologista
Mas atenção: clean não significa “seguro para gestantes” por padrão.
Mesmo produtos clean podem conter óleos essenciais ou ativos naturais com contraindicações para grávidas.
Marcas seguras
A Bio Bio Cosméticos é uma das marcas que vêm ganhando destaque por oferecer produtos formulados especialmente para gestantes e lactantes, com foco em segurança, eficácia e ingredientes naturais.
A linha inclui hidratantes, maquiagens, produtos para a pele do corpo e do rosto, além de protetores solares 100% minerais — ideais para peles sensíveis.
Entre os lançamentos recentes está o Hidratante Facial Bio-Retinol Hyalu Water Stick, que combina bio-retinol de algas vermelhas com ácido hialurônico vegetal extraído da manteiga de tucumã.
Juntos, esses ativos promovem hidratação profunda e renovação celular de forma suave, sem agredir a pele ou o meio ambiente.
Todos os produtos da marca são livres de parabenos, fragrâncias sintéticas e ingredientes de origem animal.
“O hidratante facial não tem nada de origem animal, ou origem petrolífera que seja prejudicial a pele ou ao meio ambiente, o que também ajuda a preservar ecossistemas e manter a pele hidratada de forma mais saudável. Acreditamos que a beleza deve estar alinhada com a saúde”
Thiago Pissaia, Head de Operações da Bio Bio
Já a linha Sunnature, da Bio Bio Cosméticos, oferece protetores solares minerais com barreira física, ideais para peles sensíveis.
Diferente dos filtros químicos, esses produtos formam uma camada protetora sobre a pele sem absorver substâncias potencialmente prejudiciais.
Portanto, é uma alternativa mais segura para esse período delicado.
Todos os produtos da marca são dermatologicamente testados, e a eficácia do hidratante facial foi comprovada por estudo conduzido por um instituto independente, garantindo segurança e resultados reais.
Vale usar cosméticos clean beauty na gravidez?
Sim, desde que com critério.
A filosofia clean é uma excelente aliada para gestantes preocupadas com a saúde da pele e do bebê.
Mas é essencial ler rótulos, evitar substâncias com risco gestacional e consultar profissionais de saúde.
Nem todo natural é seguro.
Nem todo clean é indicado para grávidas.
Mas com informação, é possível usar produtos que respeitem o corpo, a gestação e o bebê.
Para falar com nossa equipe, entre em contato pelo nosso formulário ou pelo @simplicitycleanbeauty